Data: 05-09-2012
Criterio:
Avaliador: Diogo Marcilio Judice
Revisor: Tainan Messina
Analista(s) de Dados: CNCFlora
Analista(s) SIG:
Especialista(s):
Justificativa
Espécie arbórea, com ampla distribuição (EOO=50.351 Km²), nos Estados da região Nordeste e Sudeste. B. bahiana ocorre em Florestas Ombrófilas não-inundáveis e matas de Restinga. Existem registros de coleta botânica da espécie para unidades de conservação (SNUC). No entanto, os ambiente de ocorrência da espécie vêm sofrendo intensa ação antrópica causada, principalmente, pela especulação imobiliária. Subpopulações da espécie são contempladas por unidades de conservação. Porém, as subpopulações que não se encontram protegidas por unidades de conservação estão sujeitas a constante perda de habitat. Desta forma, é importante que a manutenção das subpopulações seja mantida, evitando a perda de representatividade genética de espécie. B. bahiana foi categorizada como "Quase ameaçada" (NT), podendo estar sob algum grau de ameaça em um futuro próximo.
Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.
Nome válido: Byrsonima bahiana W.R.Anderson;
Família: Malpighiaceae
Esta espécie é facilmente colocada em Niedenzu série Platylepis com base em suas pétalas brancas e rosas, estípulas distintas, e brácteas e bractéolas persistentes pequenas, subiguais. Sendo mais parecida com o B. laevis Niedenzu e B. amoena Cuatrecasas.A característica mais distinta de B. bahiana são suas grandes sépalas carnudas na flor e expandidas sobre o fruto. Em contraste com as dimensões indicadas acima para esta espécie, as sépalas de B. laevis e B. amoena possuem apenas 1,5 mm de comprimento ou menos em flor e se expandem a não mais de 4 mm de comprimento no fruto. Em B. bahiana as glândulas do cálice, filamentos e anteras são mais longos do que em B. amoena e B. laevis, também, os lóculos das anteras de B. bahiana não parecem ser achatados e alados como nas outras duas espécies, e os ovário tem apenas dois lóculos férteis em vez de três (Anderson, 1982).
Magnano (2009) amostrou dois indivíduos na Barra do rio Jucu, Parque Natural Municipal de Jacarenema (área de 307 ha), Vila Velha, ES, sendo que apresentou DR: 0,21 em Floresta não-inundável e DR: 0,19 em Floresta não-inundável de transição. Possui forma de raridade seis segundo índice de Rabinowitz, na floresta Atlântica brasileira (Caiafa; Martins, 2010).
Segundo Mamede (2010) ocorre no Estado da Bahia. Alguns trabalhos recentes registraram a espécie também nos Estados do Espírito Santo e Sergipe (Magnano, 2009; Mendes et al., 2010).
Árvore de até 8 m de altura e 20 cm de diam.; tronco inicialmente muito fino seríceo, depois quase glabro exceto nos axis das estípulas. Folhas obovadas a elípticas coriáceas vermelhas na face adaxial, principalmente na margem e na nervura principal, glabras ou com pilosidade sobre a nervura principal na face abaxial. Pétalas fortemente "reflexed" com base avermelhada e côncava branca pequena,muitas vezes tingida de rosa, persistente em frutos imaturos (Anderson, 1982).
1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Detalhes
A Biodiversitas (2005) considera como ameaças à espécie a perda e a degradação do hábitat.
4.4 Protected areas
Observações: Ocorre no Parque Nacional da Serra de Itabaiana, SE (Mendes et al., 2010) e Parque Natural Municipal de Jacarenema, ES (Magnano, 2009).
1.2.1.3 Sub-national level
Observações: "Em perigo" (EN), segundo Espécies da floraameaçadas de extinção no Estado do Espirito Santo (Simonelli; Fraga, 2007).
1.2.1.2 National level
Observações: "Deficiente de Dados" (DD), segundo Espéciesda flora brasileira ameaçadas de extinção (MMA, 2008).
- MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Instrução Normativa n. 6, de 23 de setembro de 2008. Espécies da flora brasileira ameaçadas de extinção e com deficiência de dados, Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 24 set. 2008. Seção 1, p.75-83, 2008.
- MAMEDE, M.C.H. Byrsonima in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2010/FB008828>. Acesso em: 24/08/2011.
- MAGNANO, L.F.S. Gradiente vegetacional e pedológico em floresta de restinga no Espírito Santo, Brasil. Dissertação de mestrado. Viçosa, MG: Universidade Federal de Viçosa, 2009.
- CAIAFA, A.N.; MARTINS, F.R. Forms of rarity of tree species in the southern Brazilian Atlantic rainforest. Biodivers Conserv, v. 19, p. 2597-2618, 2010.
- MENDES, K.; GOMES, P.; ALVES, M. Floristic inventory of a zone of ecological tension in the Atlantic Forest of Northeastern Brazil. Rodriguésia, v. 61, n. 4, p. 669-676, 2010.
- ANDERSON, W.R. Notes on Neotropical Malpighiaceae - I. Contr. Univ. Mich. Herb., v. 15, p. 93-136, 1982.
- FUNDAÇÃO BIODIVERSITAS. Revisão da lista da flora brasileira ameaçada de extinção. Belo Horizonte, MG: FUNDAÇÃO BIODIVERSITAS PARA A CONSERVAÇÃO DA NATUREZA, 2005.
- SIMONELLI, M.; FRAGA, C.N. (ORG.). Espécies da Flora Ameaçadas de Extinção no Estado do Espírito Santo, IPEMA, Vitória, 2007.
CNCFlora. Byrsonima bahiana in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora.
Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Byrsonima bahiana
>. Acesso em .
Última edição por CNCFlora em 05/09/2012 - 18:11:42